Conhecido como "O portal da Chapada dos Veadeiros", São João d'Aliança está localizado a 331 km de Goiânia e 152 km de Brasília, tem uma área de 3 327,3 km². O nome do município traz em si parte da sua história. O primeiro registro oficial de São João d’Aliança é de 1910. Consta que o povoado possuía duas casas e uma capela dedicada a São João Batista. Pertencia ao Município do Forte e se chamava Capetinga, palavra de origem tupi-guarani que segundo moradores significa “água branca” ou “águas claras”. Mais tarde, em louvor ao padroeiro São João Batista, o povoado passou a chamar-se São João da Capetinga. Em 22 de abril de 1931, o povoado foi elevado à categoria de vila e denominado São João d’Aliança. O município foi extinto em 1939, quando passou a ser distrito do município de Formosa, e apenas quinze anos depois, em 1º de outubro de 1953, foi novamente elevado à categoria de município. A cultura do povo de São João d’Aliança está enraizada em três histórias. Do distrito do Forte, vila localizada ao pé da Serra Geral do Paranã, vem a história de uma comunidade negra, provavelmente remanescente de quilombo. Outra história revela a origem europeia pela trajetória que remete à primeira metade do século XIX e tem como protagonista Antônio Rebendoleng Szervinsk, nome abrasileirado de seu nome polonês Antoni Dołęga Czerwiński. Consta-se que "o polonês" estabeleceu-se no nordeste goiano, atual microrregião da Chapada dos Veadeiros, numa sesmaria, doação do Imperador Dom Pedro II pelos seus serviços ao império brasileiro, entre a Serra da Piedade e as confrontações limítrofes do município São Joanense.
A cultura são-joanense tem característica bem peculiar em decorrência de grandes períodos de isolamento do urbanismo. Seus costumes foram forjando-se ao longo do tempo com costumes bem ruralistas, misturando índios, negros e brancos poloneses. Dessa mistura nasce a religiosidade, as danças folclóricas (curraleira, lundu, catira, sapateados, trovas, versos, poesias, rezas, ladainhas em latim) e as festas religiosas (Caçada da Rainha, Santo Reis, São Sebastião, Nossa Senhora do Rosário, Romaria Nossa Senhora da Abadia do Muquém, Nossa Senhora dos Verdes, Santa Luzia, Divino Espírito Santo, Divino Pai Eterno). O calendário às vezes é ajustado às datas comemorativas nacionais. Das raízes culturais nasceram muitos artistas, poetas, trovadores, repentistas, contadores de causo, pintores, escultores, raizeiros fitoterápicos, parteiras, rezadeiras, benzedeiros e outros.
Com grande potencial natural do município, a integração com a Chapada dos Veadeiros e a proximidade de Brasília, o turismo, ainda que emergente e tímido, começa dar sinais positivos de que um grande braço se levanta em favor de ganhos econômicos e ambientais. Podendo ser considerado o “Portal da Chapada” (por ser o primeiro município da Chapada dos Veadeiros a partir de Brasília), São João d’Aliança conta com um Centro de Atendimento ao Turista, uma associação de guias e uma agência de ecoturismo, apesar de melhorias necessárias em termos de pousadas e restaurantes. Entre seus principais atrativos ecoturísticos, destacam-se: A Cachoeira das Andorinhas, a Cachoeira São Cristóvão , as Cachoeiras São Pedro, a Cachoeira do Label, a Cachoeira do Cantinho, o Balanço do Mário, a Bocaina do Farias e a Fazenda Boa Esperança. O segmento mais explorados na cidade é o turismo de aventura, com prática de atividades como o canionismo, caminhadas, mountain bike, off road e moto cross.