O povoamento de Paraúna se deu por volta do ano de 1900, na Fazenda São José, às margens do córrego São José, a partir de três famílias, quais sejam, Ferreira (Maria Rosa Ferreira), Ferro (João Xavier Ferrro) e Moraes (Felisbino Coelho de Moraes), cuja ascendência remonta ao meado do século XVI. O primitivo nome do povoado-embrião, era ‘‘Bota Fumaça” ou “Fumaça”. A denominação não chegou a ser oficializado, mas se deu porque os moradores mais antigos relacionavam o nome ao fato dos animais soltarem fumaça pelas narinas, especialmente nos dias frios, em razão do conato do ar quente dos pulmões com o ar frio do ambiente. Com topônimo inicial “Bota Fumaça” o povoado tornou-se distrito, a partir de então, conhecido como São José do Turvo, em razão da sua localização às margens do córrego São José, que faz barra com Rio Turvo, e integrante do território do Município de Alemão, hoje Palmeiras de Goiás. Com a emancipação do distrito de São José do Turvo, foi então assinada a Lei Estadual nº 903, de 07 de julho de 1930 que criou o Município de Paraúna, nome este que deve-se a junção dos radicais da língua tupi-guarani: “PARA” que significa RIO e “UNA “que significa PRETO. Por questões políticas, o município teve vida curta e foi extinto no mesmo ano da assinatura da lei de sua criação, contudo, quatro anos depois, deu-se a restauração do município que foi instalado pela segunda vez em 24 de novembro de 1934 (Decreto nº 5.108 de 10/11/1934). Assim, para efeito de comemoração e registros históricos, a data de 10 de novembro, prevaleceu para comemoração do aniversário da cidade e da restauração do município reinstalado quatro anos após sua emancipação.
Paraúna tem um grande potencial turístico, pelas belezas naturais que possui, e uma história cercada de mistérios e misticismo, pelas lendas que o escritor e pesquisador Alódio Tovar se encarregou de divulgar para o Estado de Goiás, que vão das belezas da Serra das Galés, da Portaria, a Muralha de Pedra ou a Ponte de Pedra até as histórias fantásticas contadas pelos moradores das redondezas sobre estranhos seres que visitam ou habitam a região.
Atrativos:
- VINÍCOLA SERRA DAS GALÉS: No Vale da Serra da Portaria está localizada na GO 320, km 01, Setor Ponte de Pedra em Paraúna. Tem como base a inovação, o arrojo e o pioneirismo. É uma alternativa concreta de desenvolvimento regional sustentável, tendo como princípio fundamental a utilização dos recursos do cerrado de forma racional e equilibrada. A propriedade produz 600 toneladas de uva por ano, para produção dos sucos naturais, dos vinhos Cálice de Pedra - rosado, branco e tinto, elaborados a partir de variedades das uvas Isabel, Violeta, Niágara e Lorena e do vinho Muralha, produzido com as uvas Syrah e Touriga Nacional, trazidas da França e de Portugal e cultivadas em solo goiano. Tanto os vinhos quanto a vinícola fazem homenagem à Pedra do Cálice, principal monumento natural de Paraúna e símbolo da Serra das Galés, localizada no município. É possível visitar tanto a fábrica quanto a vinícola (o período ideal para conhecer a plantação são os meses de junho e julho, período das uvas), basta fazer agendamento prévio. Os amantes de vinhos podem fazer a rota como enoturismo.
- PONTE DE PEDRA: A Ponte de Pedra é um lindo lugar onde podemos ter contato direto com a natureza, por lá passa um rio com o mesmo nome. A Ponte de Pedra fica localizada no município de Paraúna na divisa com o município de Rio Verde. As águas do Rio Ponte de Pedra, distante 60 km da cidade, esculpiu uma ponte natural de pedra e embaixo, por onde passa o rio, formou-se uma caverna cheia de estalactites e estalagmites de grande beleza e interesse científico. Existe área de camping, onde as pessoas podem acampar e é totalmente gratuito, além de ter local propício para banho. É uma obra de arte, uma visão única.
- CACHOEIRA DO SONHO: A Cachoeira do Sonho está localizada a 52 km da cidade. A estrada é de terra e a predominância de areia merece atenção para quem vai com carros sem tração 4x4, já perto da cachoeira os areões ficam mais densos. A cachoeira possui uma seqüência de quedas, e nas rochas que margeiam o rio existem marcas que despertam curiosidade. O local possui poços para banhos, sempre importante levar mantimento e muito líquido.
- CACHOEIRA DO DESENGANO: A cachoeira do Desengano está distante 44 km da cidade, tem sua nascente na Serra das Divisões e é pequena, mas o local como um todo é muito bonito. Belo banco de areia, bom para camping e banhos. Está localizada ao lado da estrada, dá para ir sem guia turístico, mas a estrada é de terra, carros normais conseguem ir, mas areões assustam (ou divertem) um pouco.
- CACHOEIRAS DO CERVO: Em meio a uma belíssima vegetação, se encontra um complexo de saltos e cachoeiras, com quedas de até 12 metros d’água e 25 metros de largura. É a cachoeira mais conhecida na região e conta com bons lugares para banho. Está, localizada a 60 km da cidade, sendo a maior parte desse percurso em estradas de terra. Carros pequenos podem ter dificuldades para chegar ao destino, correndo risco de cair em algum areão, o ideal é usar carros mais altos.
- RIO FORMOSO "FORMOSINHO": Fica a 7 Km do centro da cidade de Paraúna. O rio de correnteza leve se contorce em recantos ideais para o banho. Sua água fresca é a melhor resposta ao sol e ao calor que constantemente inundam nossa região de cerrado alto. É um local propício para camping, com estrutura montada para as famílias se reunirem e compartilharem momentos agradáveis junto à natureza!
- SERRA DAS GALÉS: Na Serra das Galés está localizada a principal atração turística da e cartão postal da cidade, a Pedra do Cálice, as imagens esculpidas nas rochas pela força do tempo, do vento, da chuva e do sol, impressionam pela semelhança com objetos, pessoas e animais, que se tornam mais nítidas quando observadas de ângulos específicos.. Reconhecida desde 1996 como Reserva Particular do Patrimônio Natural, dentro do Parque Estadual de Paraúna e se encontra na Área de Proteção Ambiental-APA Serra das Galés e da Portaria, está distante 27 km da cidade, surpreende com as belas formações, que pode até ser comparada com as ruínas de uma cidade abandonada. A visitação é aberta e para chegar até os monumentos, o visitante precisa percorrer uma trilha de 1,5Km, que tem grau de dificuldade leve. Dentre outras, podem ser notadas formações que lembram uma Tartaruga, um Lorde, uma Máquina de Escrever e uma Índia com seu filho às costas. Inúmeras pedras, que analisadas pela imaginação de cada visitante, formam monumentos diferentes e às vezes ainda desconhecidos! A Serra das Galés também é ideal para prática de trilhas.
- MURALHA DE FERRO / MURALHA DE PEDRA: É um conjunto de rochas alinhadas que formam uma estrutura semelhante a um grande muro, que segundo o historiador Alódio Tovar, possui cerca de 15 km de extensão e em alguns pontos mais de 2 metros de altura e 1,5 metros de largura. A muralha é toda constituída de blocos de basalto negro, tipo de rocha vulcânica muito resistente, também conhecida como pedra-ferro e chama a atenção dos visitantes pelo formato, que se parece com degraus, e ainda como cada uma daquelas pedras colossais foram colocadas ali, a grande maioria delas assentadas sempre na posição horizontal e além de tudo, coladas umas nas outras, com óleo de baleia, o que leva alguns geólogos a cogitarem a possibilidade da região ter sido oceânica. Este é sem dúvidas, mais um dos mistérios que Paraúna guarda em suas terras, na região central do Brasil, que não deixa dúvidas de que uma espécie de cultura megalítica milenar, pode ter se desenvolvido no local.
- SERRA DA PORTARIA: Localizada a 40 km da cidade, possui construções de pedras, como portais lacrados, por isso o nome Serra da Portaria, um conjunto de montanhas, que impressiona pela imponência, que pode chegar até 120m de altura em alguns pontos.
- CAPELA NOSSA SENHORA DA GUIA: CRISTO REDENTOR: Fundada em 1944, na Capela acontecem as tradicionais missas e novenas em louvor à Nossa Senhora da Guia, sempre na primeira quinzena do mês de agosto.